Thursday, December 01, 2005

A vida é curta...mas vale ser vivida. - parte I

Do diário de Morgan O’Hara
Olá diário.... Quanto tempo...
O dia das bruxas para mim foi uma surpresa ótima. Carlinhos e eu ficamos grudados até o momento dele partir, via chave de portal.
Conversamos muito sobre nós, e o senti um pouco relutante em relação a nossa distância. Reclamou muito sobre sentir-se sozinho, mas fiz ele enxergar que se eu estivesse em Hogwarts, ele ainda estaria na Romênia, terminando o seu curso. Portanto, é questão de ter paciência, e se ele não tiver diário é porque não me ama tanto assim não é?
Após nos despedirmos na sala de Madame Máxime, voltei para o meu salão comunal e pude ouvir e rir o relato animado de Ian sobre a peça pregada no dia das Bruxas. Alguns ainda o olhavam com expressões desconfiadas, mas ainda sim riam de suas imitações de comensal. Logo fui dormir e estranhei o jeito calado de Marienne.
MOH-O que houve? - perguntei.
MD-Julian.... - disse simplesmente.
Os cantos de minha boca se curvaram num sorrisinho e perguntei cínica:
MOH-O que tem ele? - comecei a rir do jeito ultrajado dela.
MD-Ora, não seja cínica. Você tem visto o jeito dele.É adorável mas...
MOH-Mas você está apaixonada pelo professor de Mitologia. - respondi por ela e seus olhos castanhos se arregalaram.
MD-É tão óbvio assim?
MOH-Bom... Já observei mais outras duas garotas lançando olhares esperançosos para o homem também. Não tenho nada contra isso, afinal ele é charmoso, educado, bem diferente dos garotos de nossa idade, mas você já parou para pensar que amor unilateral não dá frutos?
Acho que fui um pouco direta demais, e seus olhos ficaram meio embaçados, e procurei remediar a situação:
MOH-Olha enquanto não terminarmos a escola, você ou qualquer outra menina não tem chance com o professor.Porque você neste período, não tenta conhecer melhor Julian? E se for um amor de verdade o que você sente pelo professor, após o término das aulas, você o convida para um chocolate quente na Torre Eiffel, e se ele estiver interessado, não vai faltar.
MD-Acho que você tem razão, e Julian é tão atencioso comigo, e temos tanto em comum... Sabe que ele adora jogar xadrez de bruxo? – e ela passou o resto da noite falando sobre as qualidades de Julian.
As aulas retomaram o ritmo normal, e por incrível que pareça não estava me saindo mal em Oclumência, consegui fechar minha mente por dez segundos, antes da invasão do professor, e com isso tive tempo de lançar um feitiço de proteção para me defender. A aula corria bem, quando um monitor do quinto ano entrou na sala.
M-Professor desculpe-me por interromper, a diretora quer ver a senhorita O’Hara na sala dela com urgência.
O professor me liberou com um aceno de cabeça e lá fui eu até o escritório da diretora.
OM-Senhorita O’Hara. Sente-se, por favor.
Sentei-me em frente a sua mesa e aguardei. Suas feições estavam preocupadas e meu coração começou a bater mais rápido:
OM-Acabo de ser informada pela Ordem da Fênix, sobre um ataque de comensais ocorrido em Londres.
MOH-Como foi? Quem foi ferido? O que podemos fazer? - disse atropeladamente e na pressa a cadeira caiu ao chão.
OM-Eles atacaram a parte trouxa da estação Kings Cross, e por sorte havia um agente nosso lá, que conseguiu pedir reforços, e evitou que o dano fosse maior.
Eu havia tornado a me sentar e ao olhar nos olhos de madame Máxime, meu estômago se revirava nauseado quando perguntei:
MOH-Como está o Carlinhos? - a bruxa me olhou com um pouco de pena, antes de responder.
OM-Ainda está vivo. Está no St. Mungus em estado grave. - eu senti que tudo a minha volta ficou preto, mas puxei o ar para dentro dos pulmões com tanta força, que minha vista clareou.
(Ele está vivo e vai continuar vivo. – dizia a mim mesma enquanto jogava pó de Flú e entrava nas chamas verde esmeralda da lareira de Beauxbatons).

Continua...

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