Das memórias de Ian Lucas Renoir Lafayette
Nossa, o tempo ta voando! Já faz quase um mês que os meninos e eu assustamos a escola inteira vestido como comensais da morte, levamos o sermão e a detenção do século e que meu pai me escreveu, digamos que de uma maneira não muito delicada e nada sutil...
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Sala de Legilimência, 14hs.
Estava tentando proteger minha mente de Marie desesperadamente, a ultima coisa que queria era que ela lesse meus pensamentos, quando uma coruja parda entra voando na sala. O professor Couchot logo urrou, dizendo que estava atrapalhando sua aula. A coruja, ignorando as tentativas do professor de lhe acertarem, pousou em minha frente, largando um envelope vermelho no chão. Antes que eu pudesse reconhecer, ele explodiu e a voz do meu pai, 5 vezes mais alta, ecoava pela sala:
VERGONHA! É TUDO QUE POSSO DIZER SOBRE O QUE TENHO PASSADO POR CAUSA DO SEU COMPORTAMENTO NA ESCOLA! COMO O FILHO DE DOIS AURORES TEM A CAPACIDADE DE PARTICIPAR DE ALGO TAO ESTUPIDO? VOCE TEM ALGUMA NOÇAO DO PERIGO QUE TODOS ESTAMOS PASSANDO DESDE A VOLTA DE VOCE-SABE-QUEM? ACHO QUE VOCE NEM DESCONFIA, VIVE NO SEU MUNDO E NÃO SE IMPORTA COM OS DEMAIS A SUA VOLTA. FIQUE AQUI O MEU AVISO: SE RECEBER MAIS UMA CORUJA DE OLIMPIA MAXIME SOBRE SEU PESSIMO COMPORTAMENTO, MANDO BUSCÁ-LO IMEDIATEMENTO E IRÁ PASSAR O RESTO DO ANO TRANCADO EM CASA, SE PREPARANDO PARA TERMINAR OS ESTUDES EM UMA ESCOLA TROUXA!
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Discreto esse meu pai não? Para completar, o mala do professor deu um sermão para a turma sobre alunos como nós, que não ligam para os perigos reais fora da escola. Ele nunca ameaçou me tirar da escola, portanto estou quieto, não quero correr o risco de me formar como trouxa e afundar meus planos de me tornar medibruxo. Mas tenho que confessar que já estou entediado, preciso fazer alguma coisa antes que enlouqueça. Os meninos tem constantemente me perguntado se estou doente ou se estou calmo porque tenho algo diabólico em mente...
DC: Luke, você ta muito parado!
BL: Condordo com o Nique, o que ta acontecendo?
IL: Nada, só não quero que meu pai me tire da escola.
DC: Você não é o Ian, o que fez com ele? Devolve meu amigo! – Dominique falou enquanto me sacudia.
IL: Para com isso!
ML: Deixem-no em paz vocês dois! Vou indo pra biblioteca, até a hora do jantar.
Marie se levantou e saiu do gramado carregando uma pilha de livros. Fiquei observando ela caminhar e Bernard estalou os dedos na minha cara, me tirando do transe.
BL: Tenta ser mais sutil... – ele disse baixo para Dominique não ouvir e saiu atrás de Marie.
DC: Luke, luke... Você vai ou não contar quem é essa menina que ta mexendo com você? Porque você pode achar que eu sou insensível, mas percebi que você anda disperso demais!
IL: Não vou dizer quem é, porque conheço você, você vai me constranger na frente dela.
DC: Você não confia em mim?
IL: Não.
DC: ta certo, ta certo, eu realmente diria algo inapropriado. Mas da uma dica, eu já namorei ela? Porque ai posso te ajudar...
IL: Não, por incrível que pareça, essa você ainda não namorou.
DC: Não? O que tem de errado com ela?
IL: Para Dominique, nem pense nisso!
DC: Já parei. Mas deixa eu te dar uns conselhos, você é meio tapado pra essas coisas...
IL: Nossa, obrigado pela parte que me toca!
DC: Imagina... O que você precisa fazer é o seguinte: chega abordando ela no corredor, encosta ela na parede e mostra quem manda! Sai beijando logo!
IL: Nossa, jogar ela na parede? Isso é conselho? Vai sugerir o que depois? Espancamento?
DC: Sabe, às vezes ajuda se você...
IL: Não termina a frase, por favor!
DC: Mas você entendeu o espírito da coisa, não?
IL: Isso funciona?
DC: Claro! Garotas gostam de garotos assim.
O conselho de Dominique não me pareceu muito apropriado, ela não parece ser esse tipo de garota que ele diz gostar dessas coisas, mas não tenho outra idéia, vou tentar seguir o que ele falou. Ta me faltando a coragem agora! Saímos dos jardins e fomos encontrar os outros dois na biblioteca. Só precisava estar sozinho com ela agora...
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