Da penseira de Miyako Kinoshita
TM, GS: Miii!
Saímos andando pelas lojas e fazendo algumas paradas. Sávio olhava encantado para as lojas francesas, e apontava freneticamente a Torre Eiffel ao norte da capital. Passamos a manhã toda fazendo compras e andando, e na hora do almoço retornamos ao centro da avenida para irmos ao café. Atravessamos para a parte trouxa, e chegamos a um aglomerado de pessoas saindo do trabalho para almoçar.
Foi tudo tão rápido... Só me lembro de estar admirando uma vitrine, quando ouvimos um estouro não muito longe, um clarão, gritos, e em seguida uma velha caindo ao chão, gelada. O desespero tomou conta de todos os ocupantes da avenida. Uma legião de bruxos vestindo longas capas negras e máscaras disformes estavam seguindo pela avenida com varinhas em punho lançando feitiços cegos.
Segurei firme o braço de Sávio e comecei a descer desesperada a avenida apinhada de gente correndo e berrando, o terror espalhado. Não havia como ir até o barco da escola, ficava para o outro lado da avenida, precisava entrar em algum lugar, me esconder. Passamos na entrada de um dos cafés, e a dona estava fechando a porta rapidamente. Corremos até lá e pedi para deixar-nos entrar... Ela me olhou desconfiada, mas acabou cedendo, abriu a porta, e assim que entramos, fechou violentamente, trancando com a chave.
A mulher estava fora de órbita, parecia não acreditar no que estava vendo! Levou-nos para o interior do café, e nos sentamos em uma mesa. Ela olhava para a porta fechada escutando atentamente todos os movimentos do lado de fora. Até Sávio estava calado e preocupado. A fama dos Comensais era universal, e as máscaras lendárias. O tumulto lá fora estava diminuindo, se afastando... A dona do café se levantou, e então pude sentir meu estômago afundando de fome.
AL: Desculpe, é seu aniversário?
MS: Eu e meus pensamentos altos... Sim!
AL: Parabéns! Amélia Lavousier...
MS: Miyako Santai!
AL: Ele não entende o que falamos? – disse apontando com o queixo pro Sávio.
MS: Não, é búlgaro, chegou há pouco tempo...
AL: Se você estiver com fome, posso trazer alguma coisa...
MS: Seria ótimo - disse pegando o cardápio no balcão.
Sergei, o padrinho do Ty, estava em frente ao café, e assim que eu sai ele veio correndo e segurando minha mão feliz. Despedi de Amélia ainda em tempo de um grupo de aurores obliviarem ela. Sergei nos levou até o barco de apoio do Ministério e voltamos para a Beauxbatons. Ainda carregava uma boa parte da torta comigo, que daria para Ty e Gabriel, mas confesso que não foi nada agradável passar o dia do meu aniversário trancada em um café com medo de Comensais perambulando do lado de fora da porta...
Cheguei ao castelo e mamãe que tinha ido para lá enlouquecida com a notícia veio correndo em minha direção, com os braços abertos. Sergei segurou com um pouco mais de força meu ombro quando a viu, e abriu um largo sorriso.
YH: Ah é? Hum, agradeço! Mi, parabéns!
MS: Obrigada mamãe... Não precisava se desesperar, não vê que tenho um herói por perto sempre? –Soltei uma risada e uma piscadinha atrevida pra mamãe que corou e olhou pro chão.
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