Friday, April 14, 2006

Festas e festas...

Relatos de Samuel Berbenott

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SB: Amaralina, eu precisava falar com você... Será que a gente pode conversar?
IM: Ham, eu vou ali tirar uma dúvida com a professora... Esses garfos são confusos! Te encontro no Salão Principal ok Lina?

Isa me deu uma piscada e saiu. Fui caminhando com Amaralina pra fora da sala e ficamos em silêncio até chegar nos jardins congelados. Sabia que estava passando da hora de conversar com ela, mas me dava um frio no estômago em ter que dizer...

SB: Eu queria te pedir desculpas sobre o que aconteceu na festa do dia dos namorados... Eu acho que nunca te expliquei por que fiz aquilo, mas eu tinha um certo encanto por você, mas eu entendo que só podemos ser amigos...
AM: Não se preocupe, eu nem me lembro mais! Você tem uma aura iluminada Samuel, e vai fazer muito feliz a menina que se apaixonar por você e for correspondida. Meu destino não está aqui no castelo, está muito além do que as estrelas possam ter me denunciado!
SB: Eu sei... Eu quero continuar seu amigo, ta bom?
AM: Sim, é claro!

Muito mais aliviado, abracei Amaralina e voltamos ao castelo. Eu não saberia dizer o que se passara no meu interior... Um dia eu era apaixonado por ela, e no outro, porém, não a via como nada além de amiga...
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Os dias se passaram lentamente. Quando a Páscoa se aproximou, eu e os meninos já tínhamos arquitetado um plano para o feriado. Chegamos à casa vazia de Ian e após nos acomodarmos e conhecermos a casa, saímos para dar uma volta pela cidade. Passamos a tarde no iate do pai de Bernard, que ele singelamente seqüestrou, e quando voltamos de noite, começamos a festa de comemoração da Páscoa. Imagine você, seis bruxos menores de idade, com posse de uma casa... Imaginou? Era a nossa situação!

Marie, Dominique, e eu fomos para a cozinha preparar algumas coisas para beber e comer na festa.

Sophia, a prima do Ian, chegou quando já estava tudo pronto, e trouxe alguns amigos e amigas do Luke que estudavam em outras escolas... A festa se deu iniciada!

Dominique não tardou e foi conversar com uma das amigas do Ian, e logo os vi saindo porta afora. Fui até a mesa e peguei uma cerveja amanteigada. Vi Bernard conversando com Michel e Sophia... Pensei em ir até eles, mas tinha a leve impressão que o papo era sobre alguma coisa relacionada a escolas e professores. Decidi ir me sentar em um dos pufes ao canto da sala de estar e sai distraído pelo trajeto, a garrafa de cerveja amanteigada na mão... POFT! Senti meu corpo retroceder quando colidi com alguém. Uma menina lutava pra manter-se de pé depois do choque. Após conseguirmos nos estabilizar, começamos a rir deliberadamente do acidente. A roupa dela estava encharcada de cerveja que derramei... Notei que era uma das amigas do Luke, muito bonita por sinal...

SB: Me desculpa, estava andando distraído! Vou perguntar pro Ian onde tem um pano...
BT: Não precisa, está tudo bem, eu também não te vi!
SB: Samuel Berbenott – disse estendendo a mão um pouco constrangido...
BT: Beatriz Taylor... Você estuda com o Luke?
SB: Sou de Beauxbatons também, mas somos de casas diferentes e sou um ano abaixo dele...
BT: Também faço 5° ano, em Durmstrang.
SB: Ah, tenho um amigo lá... Sávio!
BT: Não me lembro de nenhum...

Ponto. O assunto tinha acabado e se deu aquele silêncio ainda mais constrangedor. Eu estou realmente estranho esses dias... Às vezes me surpreendo comigo mesmo... Pra não deixar o assunto morrer, convidei-a pra darmos um passeio, e ela aceitou. Saímos para a rua iluminada por lamparinas e fomos andando. Ficamos em silêncio um bom tempo, até que chegamos em uma ponte e nos sentamos.

SB: Você mora aqui?
BT: Sim...
SB: E porque foi para a Durmstrang?
BT: Porque meu pai acha melhor! Ele e minha mãe estudaram lá...
SB: Hum... Acho que não gostaria de estudar em um iglu!
BT: Eu gosto de lá... Depois que você se acostuma, é bem legal!

Porque será que a gente não tem uma ficha de assuntos dentro do bolso quando se precisa de um? Perguntei se ela queria voltar pra festa e ela concordou... Fizemos o caminho de volta ainda em silêncio, mas eu já tinha avançado um ponto: estávamos de mãos dadas! A casa estava cheia de adolescentes, e uns poucos que apresentavam serem maiores de idade. Tive a intuição de que alguém tinha jogado um Sonorus ao redor da casa para que os vizinhos não reclamassem com a polícia trouxa.

Dominique estava dançando com a menina, e ao me ver chegando com Beatriz, soltou um daqueles seus sorrisos vitoriosos e balançou a cabeça pra que fossemos dançar também. Péssima, péssima idéia! Eu definitivamente não sei dançar! Antes de começar manchar minha reputação construída em uma pista de dança com meus passos desajeitados, puxei Beatriz para mais perto e a beijei.

Passamos o resto da festa juntos, mas agora os assuntos fluíam com mais rapidez, e quando o dia estava prestes a nascer, nos despedimos. Quando todos foram embora, a casa estava revirada de cabeça pra baixo. Sophia sugeriu um aceno de varinha para organizar tudo, mas Bernard e Ian ficaram receosos e então resolvemos ajudar a organizar e limpar tudo... Mal fui dormir e o despertador tocou, mais uma manhã de passeios por Marseille nos aguardava!

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