Das memórias de Gabriel Graham Storm
Estávamos às vésperas do feriado de páscoa e só o que se falava pela escola era sobre ir para casa descansar. E assim como os demais, eu também fazia planos de passar a data longe da escola. Miyako e Ty ainda não sabiam para onde iam e escrevi para minha mãe perguntando se eles poderiam ir para o Brasil comigo. Enquanto ela não respondia, me preocupava com outra coisa: o torneio de Legilimencia e Oclumencia que se aproximava. O professor Couggle estava forçando cada vez mais nas aulas e em especial os alunos que ele havia selecionado para representá-lo, eu nesse meio que estava sofrendo pressão.
Ao mesmo tempo em que eu me arrependia amargamente de ter feito progresso em oclumencia antes desse desafio, nas aulas de esgrima não poderia estar indo melhor. Meus reflexos aumentaram em quase 100% e vencia 8 de 10 lutas em sala. Hoje não foi diferente, mas teve um gostinho melhor por conta de um único detalhe...
SZ: Mais rápido, vistam seus coletes, peguem os floretes e procurem seus pares. Hoje estamos divididos por símbolos, procurem pelo aluno com o símbolo igual ao seu. Há apenas 2 de cada nas vestes.
Apanhei meu florete no armário e vendo que nenhum dos meus amigos tinha uma meia lua desenhada no colete, comecei a andar pela sala. Não vi ninguém igual entre os alunos do 4° e 5ª° ano, porém entre os alunos do 6° ano o quadro mudou...
GS: Ah não, você?
IL: Storm? Você é meu adversário? Maravilha, batalha ganha...
Não acreditei quando vi a meia lua estampada no colete daquele panaca do Renoir, mas não tinha alternativa, teria que lutar com ele. Nos cumprimentamos como o normal e demos inicio à luta. Acho que foi a mais demorada desde que essas aulas começaram. Ele era extremamente forte e ótimo em esgrima, mas eu estava determinado a derrotá-lo e não me mostrava cansado em momento algum, deixando bem claro que ia até o fim até um dos dois desistir. O resto da turma já havia encerrado os duelos e alguns alunos mais curiosos mantinham as atenções em nós dois.
IL: Desiste Storm, sabe que não tem chances contra mim...
GS: Cala a boca Renoir!
SZ: Mas o que está acontecendo aqui? Parem de medir forças e acabem logo com isso!
O professor percebeu a guerra de vontades em que havia se transformado aquela luta e nos mandou dar um fim nela. Pela regra, se ele a desse por encerrada ali, eu perderia por pontos. Ou seja, se queria vencê-lo tinha que ser agora. Percebi que a maioria da turma agora estava amontoada à nossa volta assistindo atenta e por um segundo, Ian se distraiu com a movimentação. Aproveitei o rápido deslize dele e o derrubei, espetando meu florete em seu peito.
SZ: Vitória do Gabriel! 10 pontos para a Sapientai!
GS: Touché... - disse olhando pra ele estirado no chão, rindo sem disfarçar.
Antes que ele pudesse levantar e reagir, Ty e Miyako me empurraram pra longe pulando em cima de mim, Ty comemorando minha vitória como se fosse o campeonato de quadribol. Ia precisar andar atento pelos corredores por um tempo, porque se conheço bem aquele bocó, ele vai querer aprontar alguma comigo para não ficar com a imagem manchada...
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