Do diário de Morgan O'Hara
O meu primeiro dia na Romênia havia me rendido dor de cabeça e náusea por conta do excesso de bolo de chocolate e pela irritação ao ver Carlinhos sendo beijado por outra. Descobri que não posso me entupir de doces, de um jeito traumático. Carlinhos estava tentando falar comigo desde o ocorrido, mas eu estava ignorando-o. Fazia questão de nem olhar para ele.
SM- Morgan seria bom você conversar com seu noivo, para acertar as coisas.
MOH- Por quê? Estou sendo um peso para você?- disse irritada para Sergei, que me olhava calmamente.
SM- Não é isso, e não quero me meter em sua vida. Gostei da sua companhia, e apenas acho que você e ele deveriam se resolver, caso você decida seguir em frente. – ele disse de um jeito tão displicente, como se fosse fato meu rompimento.
Fiquei pensando neste "seguir em frente" e minha irritação foi dando lugar ao vazio. E isto me deixou sem dormir a noite toda.
Estava começando a ser dominada pelo cansaço, quando ouvi baterem na porta. Levantei-me rápido e enquanto andava, estava vendo vários pontinhos pretos voando rápido pelo quarto. Quando abri era Carlinhos:
Ia bater a porta na cara dele, quando ele a segurou com o ombro:
MOH - Vá embora.
CW - Precisamos conversar... O que você tem?- e fazendo uso do seu tamanho entrou no quarto e me encarou preocupado.
MOH - Comi doces demais e... O que você quer hein? – tentei fazer a pior cara possível, e não estava sendo difícil, pois estava conseguindo mantê-lo longe.
CW - Falar com você, ficar com você, apenas isso. - disse e começou a me olhar de cima a baixo, analisando-me.
MOH - Já falou e já ficou por alguns segundos, agora fora. Volta para sua amiguinha.- disse indicando a porta.
CW- Morgan, eu não fiz nada de errado. A Irina fez uma brincadeira de mau gosto.
MOH-Você disse que estava muito ocupado, cheguei a achar fosse alguma missão da ordem, mas me enganei.
CW- E eu estive numa missão para a Ordem. Havia acabado de chegar, e fui beber com eles, para comemorar o final dos seus exames. Eu estava aguardando uma resposta ao meu pedido para ir pela rede de Flú até Paris.
MOH- Ah é? Você ia me fazer uma surpresa?- disse toda bobona e quando vi que ele sorria voltei a fazer cara brava, pois ele havia chegado mais perto sem eu perceber.
CW- Sim. E por sorte você chegou antes que eu fosse para lá. Teríamos nos desencontrado. Você acredita em mim?- e estava tão perto, tão... Só me via fazendo que sim com a cabeça quando ele começou a me beijar.
MOH- Espera... Eu tenho que avisar ao Sergei que não vou com ele conhecer o vilarejo.
CW- Eu já avisei a ele que você vai comigo.
MOH- Ah é? Quer dizer que você acha que basta me cobrir de beijos que fica tudo bem?
CW- Eu conheço você, sei que por mais brava que estivesse iria me ouvir, agora se iria me perdoar eu não, eu tinha que arriscar. Fiz mal?
MOH- Não... Será que não há nada em mim que você não conheça?
CW - Vou descobrir isto agora. – enquanto voltava a me beijar.
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