Tuesday, May 16, 2006

Sob fogo cruzado

Do diário de Morgan O'Hara

Viajei o dia todo para poder entregar as mensagens de Dumbledore no Ministério francês. Já tínhamos informações sobre o lobisomem Greyback obtidas através de Remo Lupin, e segundo o informante Aquele que não deve ser nomeado, estava aumentando o seu número de aliados. Caminhei rápido seguindo as orientações de Gui, e logo me vi em frente a um prédio velho, próximo da Place de La Concorde.
- Sou Charles Weasley e tenho uma reunião com o auror McGregor.
Enquanto dava minhas informações no balcão a um homem de idade avançada, notei uma mulher de estatura média, cabelos pretos passando e deixando uma onda de perfume envolvente no saguão. O velho do balcão acenou para ela que retribuiu. Ele ficou parado, esperando até que ela entrasse no elevador e olhasse novamente para ele ainda sorrindo, pude notar o brilho divertido nos olhos verdes dela. Como ele parecesse em transe, chamei-o de volta à Terra.
- Senhor, eu não quero chegar atrasado para a reunião.
- Ah, sim claro, meu jovem. - verificou minha varinha e me entregou, indicando-me o andar que deveria ir.
Logo entrava num escritório e a recepcionista me anunciava ao seu chefe.
- Olá, sou Kyle McGregor. - estendeu-me a mão e junto dele estava a mulher que havia visto no saguão, Alexandra McGregor e Sergei Menken que havia conhecido na Romênia. Começamos a conversar sobre as últimas informações que a Ordem tinha para eles quando, uma mulher invadiu o escritório gritando:
AM: YULLI! O que houve?
YH: Alex... – tentava respirar para explicar o que acontecia – Ataque em Beauxbatons, nenhum auror, depressa!!!
Sai porta a fora procurando uma lareira que me levasse ao castelo o mais rápido possível. Eles estavam junto comigo e logo se reuniram a nós um homem louro e uma mulher ruiva falando com sotaque diferente, que usavam também um broche em forma de fênix. Todas as lareiras do Ministério haviam sido acionadas para deter o ataque surpresa a Beauxbatons, só espero chegar a tempo.

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Já havia anoitecido e a turma do sétimo ano havia acabado de entregar os NIEMS de Sereiano e eu e meus amigos caminhávamos de volta ao castelo sob a luz de uma enorme lua cheia.
MOH - Que alívio, o dia está terminando...
AG - É seu amiguinho exagerou quando falou que o dia seria perigoso hoje.
Nesta hora ouvimos um uivo e ele emendou:
AG - Bem, só se o perigo for pelo lobo desgarrado que ele deve ter medo..
Mais uma vez Armand reclamava do aviso que eu tinha recebido de Ian, sobre o mau pressentimento da Fada da Sapientai.
MOH - Armand deixa de ser chato, que porre... - comecei a dar bronca quando uma série de estalos ecoou nos jardins. Eram comensais da morte, um número bem grande que iam na direção do castelo, e os alunos que estavam por ali, em pânico começaram a correr nas mais variadas direções.
A lua iluminava tudo, inclusive a fuga de algumas pessoas para a floresta e alguns comensais seguindo-os. Mas o que seria mais perigoso: um bando de comensais dispostos a matar indiscriminadamente ou um jovem amaldiçoado aprendendo a ser uma fera?
Saquei minha varinha e corri em direção aos comensais para tentar atrasá-los, para dar chance aos mais novos de fugir; Marienne, Armand, Julian e mais alguns estavam comigo e logo os bonitos jardins de Beauxbatons pareciam ter sofrido um vendaval. Ouvi um grito e Marienne caiu desacordada, Julian ao ver aquilo se desconcentrou e levou um feitiço que o jogou vários metros longe, deixando-o inerte.
Armand tinha um olhar de ódio no rosto e conseguiu petrificar um comensal, enquanto eu duelava com um que me parecia familiar pelo jeito de andar. Ele ia lançando feitiços, que faziam com que eu tivesse que ir me afastando.
MOH - Quem é você?
FR - Acha que vou dizer quem sou e estragar a surpresa?
MOH - Vão embora daqui, a escola está cheia de crianças inocentes, que nunca fizeram nada a você ou ao seu líder.
FR - Mas aí é que está o melhor: mate dez e aterrorize dez mil..... - e riu.
MOH - Você é muito covarde Richelieu.
Ele parou de rir e tirou a máscara do rosto. Um examinador quando o viu, se distraiu e recebeu um jato de luz vermelha no peito caindo no chão.
FR - E você é muito abelhuda garota. Quase fez meu plano ir por água abaixo.
MOH - Como conseguiu trazê-los para cá? - de repente notei que estava mais longe dos outros e meu corpo estava ficando cansado.
FR - Pelo sarcófago que você descobriu em meu quarto. Usei como passagem de um lugar a outro. Sua descoberta só fez acelerar os planos do meu mestre. Neste momento várias escolas estão sendo tomadas por nós.
Nesta hora um barulho ensurdecedor junto com clarão iluminou a floresta, fazendo voar estilhaços, que nos jogou ao chão. Fiquei zonza por alguns segundos, mas consegui me levantar; senti uma dor forte, olhei para baixo e havia uma lasca de madeira com pelo menos vinte centímetros atravessando meu braço; trinquei os dentes pela dor latejante e fui pegar minha varinha que havia caído, mal dei dois passos e gritei quando senti uma mão agarrando meus cabelos com violência encostando uma varinha em mim. Ele me segurava por trás, forçando minha cabeça a ficar bem próxima de seu rosto.
MOH - O que vai fazer? Vai me matar? Então acaba logo com isso.
FR - Paciência é uma virtude. E eu sempre a tive, ou você acha que era fácil receber ordens de uma aberração como a Máxime? – falava baixo próximo do meu rosto e aquela era a voz do comensal que havia me atacado algum tempo atrás.
FR - Quando a vi pela primeira vez na escola, sabia que não havia feito meu trabalho direito na Irlanda. Sim, menina como disse da outra vez, fui eu quem matou seus pais. É..., ambos lutaram como leões, foi muito prazeroso dar um fim aos dois.... - enquanto me puxava mais perto.
FR - Eu até pensei em dar-lhe uma chance, cheguei a pensar em conquistá-la para trazê-la para o nosso lado, afinal ter uma ilha cheia de dragões, seria muito útil ao meu mestre, mas você logo percebeu minhas intenções e começou a se esquivar. Tsc, tsc... O mais engraçado foi ver a cara desolada daquele lobo sujo olhando feito pateta para o sarcófago falso junto com a aberração. Mas chega de conversa, vou ter que matá-la, você sabe demais...
- Eu não vou morrer fácil. - virei-me rápido e enfiei a lasca de madeira em sua barriga com toda a força que tinha e vi seu olhar de surpresa, nesta hora um ESTUPEFAÇA e um jato de luz verde jogaram o professor morto para longe de mim.
Caí de joelhos no chão olhando para o corpo dele, quando senti braços fortes me envolverem e uma voz tão familiar sussurrar em meu ouvido:
CW - Acabou meu amor, acabou...
Senti uma vertigem e apaguei.

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