Sunday, July 01, 2007

SB: Hum... Uma cerveja amanteigada até que cairia bem agora.

Anne que estava parada diante da mesa de bebidas pensando no que iria pegar, se virou assustada quando ouviu minha voz atrás dela. Peguei duas garrafas de cerveja amanteigada e a ofereci uma.

AR: Não. Obrigada. Estava em dúvida entre whisky de fogo e soda com xarope de cereja e gelo.
SB: Ambas me parecem muito boas...
AR: É. Mas acho que vou ficar com a soda! – disse se servindo. Tomou um gole e então olhou para mim interessada. - Desistiu de subir no palco e cantar com “Os Duendeiros” também? Para quem já subiu uma vez hoje... Uma segunda vez não seria o problema, seria?
SB: Não, não seria realmente. Mas não pretendo ampliar meus dotes musicais de tal maneira. Deixo-os reservados aos banhos...

Ela sorriu e saímos caminhando até os jardins. Ali fora parecia incrivelmente vazio e tranqüilo, o que era de se esperar, por que grande parte dos convidados da festa se encontrava no Salão Principal. Nos sentamos em um pufe e Anne levantou os olhos para a lua.

AR: Semana agitada essa... Pelo menos está terminando bem melhor do que começou. – ela continuava olhando para o céu.
SB: É. Uma sorte.

Ela percebeu que eu estava a olhando e rindo e desviou os olhos do céu para me olhar.

AR: O que foi?
SB: Nada. Só estava te olhando. – bebi mais um gole de cerveja amanteigada. Ela riu.
AR: Você tem sérios problemas, Samuel. Sérios!
SB: De fato tenho. O pior e mais complicado deles é ser apaixonado por você e ter a sensação de que nem te conheço.
AR: Realmente esse é um problema grave...
SB: Como vou conquistar uma pessoa se nem ao menos sei de que flor ela gosta, que músicas ela ouve?
AR: Adoro os lírios, e ao contrário do que pode parecer, odeio músicas melosas e sentimentais. Os Duendeiros, As Esquisitonas... Adoro todos esses!
SB: É nessas horas que eu adoraria ter um diário para anotar essas coisas. Soda com xarope, lírios... Você é realmente diferente! – Anne sorriu.
AR: Quando eu era criança, conheci um grupo de amigos, e para nos conhecermos mais depressa, cada um deles tinha direito a fazer uma pergunta, qualquer que fosse ela, e eu tinha que responder. E depois, eu perguntava. Estou disposta a responder o que você quiser, se você também estiver...
SB: Então pode começar a preparar suas respostas!

...

AR: Inverno ou verão?
SB: Inverno. Prefiro passar frio. Rosa ou azul?
AR: Azul. Doce ou salgado?
SB: Depende. Mochila ou bolsa?
AR: Mochila, definitivamente. Dia ou noite?
SB: Depende também.
AR: Assim não vale Samuel! Você não está colaborando! – Anne virou o segundo copo de soda e riu me dando um tapa.
SB: Você queria o que? Eu sou indeciso, já te disse isso mais de uma vez hoje!
AR: E eu sou impaciente! Vamos mudar o jogo! Daqui a pouco você me pergunta até a cor da minha escova de dente.
SB: Ok. Me deixa propor o jogo dessa vez? – ela me olhou indecisa e então concordou. – Chama-se pêra, uva, maçã, ou salada mista... Escolhe um!

Ela levantou a sobrancelha para mim e então começou a rir novamente. Entrei na dança e ficamos os dois rindo.

AR: Péssimo esse jogo!
SB: Você ainda não fez sua escolha...
AR: Tenho mesmo que fazer?
SB: Depois de me fazer responder se preferia grande ou pequeno??? Sim, você definitivamente tem que escolher!
AR: Ok então...

Ela parou e ficou me olhando. Provavelmente pensando qual das opções eu merecia. Depois de um minuto pensando, ela me deu um beijo jogando as mãos para trás do meu pescoço. A abracei pela cintura e quando ela me soltou, continuei a abraçando. Ela sorriu.

AR: Escolhi.
SB: Uhum... Acho que a melhor escolha que você já fez na vida!
AR: É, quem sabe.
SB: Então eu te conquistei?
AR: Depende... – ela falou pensativa – Acho que se não conquistou, está no caminho certo...
SB: Namoro ou amizade?
AR: Namoro! – dizendo isso, sorri e a beijei novamente.

°°°
Beauxbatons desapareceu de vista à medida que o barco avançava pelo rio. Anne estava sentada ao meu lado e apertou minha mão a me ver pensativo. Me virei para ela.

AR: Não está triste, está?
SB: Não. Estou com medo de deixar essa vida para trás.

Ela sorriu e encostou a cabeça no meu ombro. Estava sendo sincero. Sentia meu estômago embrulhar só de pensar que daqui em diante tudo seria diferente. Cada um de nós seguiria seu próprio caminho. Claro que seríamos amigos sempre, mas tudo iria mudar.

SB: Comprei um presente pra você...

Anne levantou a cabeça me olhando curiosa. Um sorriso divertido no rosto.

AR: O aniversário é seu, não temos nem um dia de namoro ainda, e você já me comprou um presente? Começamos bem!

Eu ri e a entreguei uma corrente de prata com um pingente em forma de goles. Coloquei em seu pescoço.

SB: Por causa de uma goles eu conheci você, certo? E todas as vezes que lançar uma goles, daqui pra frente vou me lembrar de você, ou seja, todos os dias! Então esse é para você se lembrar de mim também. Nada mais justo!

Ela concordou com a cabeça sorrindo e me deu um beijo. O barco ancorou.

OV: Se esperam que eu faça um discurso de despedida, desistam! Vamos nos ver de novo em alguns dias... – Viera falou arrancando risada de todos.
IL: Ah, vamos descer desse barco de uma vez! Sem choros nem velas! – Ian disse decidido segurando a mão de Marie e puxando a fila.

Sem lágrimas e nem adeus, viramos mais uma página de nossas vidas que a partir daquele momento prometia ser muito diferente, mas muito melhor vivida!

°°°
Sem mais enrolação, Samuel se despede de Beauxbatons aqui. Mas ainda tem muitas coisas para contar. Então futuras brincadeiras idiotas e relatos, no seguinte endereço: http://www.no-underage-wizard.blogspot.com/. Bye!

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