Do diário de Morgan O'Hara
Após o ataque dos comensais na parte trouxa de Paris, a escola havia redobrado sua vigilância. Acho que os comensais não esperavam uma reação tão rápida dos aurores, justamente na parte trouxa, e por sorte não houve uma desgraça maior. E como sempre ocorre uma série de boatos se espalhou pela escola, deixando todos apavorados. Naquele passeio eu havia decidido ficar no castelo, tinha algumas matérias para pôr em dia, e me despedi de Marienne e Julian logo cedo. Quando soube do ataque larguei tudo e corri ate o salão principal, toda e qualquer noticia passaria por ali e era mais fácil de saber quem estava a salvo, pois os elfos enchiam as mesas com grandes bules de chá e rosquinhas, para acalmar os nervos de quem fosse aparecendo.
Os barcos voltavam cheios de estudantes e assim que se notava a falta de alguém saía-se em sua busca. Escrevi uma nota rápida a Carlinhos e mandei Orion levar. Sabia que se ele soubesse do ataque daria um jeito de vir para cá; mas como a rede de Flù estava congestionada pelo grande número de pais que apareciam na escola a toda hora, isso seria impossível, teria de vir pelo jeito normal e isso seria perigoso.
As mães do Ty, Gabriel e Miyako, estavam extremamente nervosas cobrando de madame Máxime maior segurança na escola, e a diretora apesar do tamanhão ia diminuindo, em frente à avalanche de críticas.
Como sei que eram as mães deles? Simples: a mãe do Ty eu já conhecia, a da Miyako era uma oriental bonita com jeito de empresária que sai em revista de negócios, e o Gabriel tem os cabelos ruivos da mãe. E como madame Magali, a enfermeira da escola e sua auxiliar Marine estavam cuidando dos alunos, me ofereci para levar alguns cálices de poção calmante até a diretoria e pude ouvir os nomes delas ;) .
Quando as crianças começaram a aparecer, começamos a ficar mais aliviados, mas na contagem descobriu-se que estava faltando o Gabriel, amigo do Ty e outros alunos.
O trio foi à loucura novamente, mas a mãe do Ty mandou os outros pais saírem e fechou-se lá dentro com Máxime, e as senhoras Storm e Kinoshita.
Juro que tive dó da diretora nesta hora.
Demorou um tempo, e quando elas abriram as portas, Máxime me pediu uma poção e entregou para a mãe do Ty, que estava pálida. Parecia que ela havia feito um esforço enorme, e as outras duas mulheres estavam mais calmas.
Começou a haver barulhos na entrada e era de alguns homens trazendo o Gabriel e outras crianças. Pude reconhecer entre eles o senhor McGregor, e logo o Gabriel foi entregue na enfermaria. Encontrei Marienne, Julian e Armand no caminho e fiquei contente por eles estarem bem, andamos um pouco e encontrei Ty acompanhado de Miyako com sérias intenções de montar acampamento da porta da enfermaria. Porém uma coisa que o Ty disse chamou minha atenção:
TM- Acho que está na hora de responder a estes ataques Mi...
MS- Mas somos alunos ainda...
TM- Eu sei, mas odeio ficar correndo com medo a toda hora, isso tá me cansando.Quando o Lobão acordar, vou falar com ele. Tô cansado de ser "vítima" e não reagir. - foi andando e não pude ouvir mais nada.
Em meu tempo de Hogwarts, ouvi comentários sobre o grupo do Potter que praticava defesa contra as artes das Trevas, eram a Armada de Dumbledore, e achei uma coisa muito boa.
Será que teremos que criar algo assim? Vou ficar de olho...