Das memórias de Ian Lucas Renoir Lafayette
-Perfeito!
-O povo vai se borrar de medo!
-Como você conseguiu isso?
-Pedi ao meu primo para me mandar, mas não me pergunte como ele arrumou...
-Genial! Simplesmente genial!
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Já era quase 23hs do dia 31 de Outubro, o dia das bruxas. Não tinha melhor data para pregar uma peça nos colegas... Todos os alunos se encontravam nos jardins da escola, devidamente decorado com abóboras e velas. Eu estava me arrumando no banheiro masculino do 3º andar com Dominique, Bernard e Samuel. Marie estava no final do corredor vigiando a movimentação.
BL: Acho que já podemos sair...
Dominique foi puxando a fila e os seguíamos colados, tomando cuidado para não fazer barulho. Marie fez sinal de que estava tudo limpo e paramos ao seu lado.
ML: Vocês têm certeza de que querem continuar com isso? Ainda acho uma idéia imbecil...
IL: Não é imbecil, é brilhante!
SS: Ninguém nunca pensou em nada parecido!
ML: Vocês que sabem... Vão, sumam logo daqui! Não quero ser pega com vocês enquanto estiverem usando essas roupas! Não sei nem porque ainda dou cobertura...
DC: Porque você nos ama muito...
Marie sacudiu as mãos impaciente e descemos as escadas rindo. Não havia sinal de alunos no segundo andar. Quando já estávamos perto da escadaria que nos levaria ao saguão de entrada, avistamos nossas primeiras vitimas: um grupo de quartanistas inocentes...
BL: O que era mesmo pra usar?
DC: Petrificus Totalus! – Dominique berrou, acertando um ruivo que estava de costas.
-COMENSAIS DA MORTE! – a menina loirinha berrou alarmada ao olhar para nós.
Antes que os gritos do grupo chamassem a atenção da escola toda, petrificamos os demais. Deixamos os pirralhos estirados no chão e avançamos em direção a um segundo grupo que vinha em socorro dos já nocauteados. As expressões nos rostos deles ao verem os alunos duros no chão eram de pânico. Eles não sabiam que havíamos usado um simples feitiço de petrificação e pensaram logo que era a maldição da morte. Dois garotos do 7º ano ainda tentaram sacar as varinhas para nos deter, mas o espanto era tão grande de estar de frente a quatro supostos comensais que suas mãos tremiam violentamente e as varinhas não se mantinham firmes.
IL: PETRIFICUS TOTALUS! – berrei junto com Samuel e os dois caíram com um baque no chão.
BL: Lá vem mais três...
Bernard e Dominique derrubaram os três que estavam chegando e corremos escada abaixo rumo ao 1º andar. Já estávamos quase alcançando os jardins quando parei de súbito e eles esbarraram em mim. Bernard perguntou por que parei e apontei para a garota sozinha olhando entediada para um dos quadros do castelo. Estava fácil demais pra ser verdade... Adhara Black estava parada sem ninguém por perto para socorrer, éramos quatro contra uma... Os meninos pareceram entender e marchamos em direção a ela.
SS: Petrificus Totalus!
Samuel berrou, mas ela devia ter os sentidos muito aguçados, pois desviou do feitiço e ele só atingiu seu pé. Adhara pulou com o jato e se virou rapidamente já com a varinha em punho, berrando de susto ao ver nossas roupas. Mas ao contrario do resto do povo, ao invés de correr ela desatou a lançar feitiços às cegas em nossa direção. Lançamos o feitiço escudo em volta e corremos depressa, despistando ela ao virarmos o corredor. Dominique abriu o portão do saguão com um jato laranja e saímos aos tropeços porta afora, parando no meio do jardim. A conversa animada que estava do lado de fora deu lugar a gritos e corre-corre. Quando os alunos viram quatro comensais surgirem nos jardins com as varinhas em punho, começaram a correr desabalados pelo gramado, derrubando mesas, cadeiras e atropelando as abóboras.
DC: Ta no inferno? Abraça o capeta! Petrificus Totalus!
Dominique recomeçou a disparar os jatos azuis por todas as direções e diante dessas palavras poéticas, nos juntamos a ele. Algumas pessoas já choravam a “perda” de amigos estatelados no chão quando sentimos a grama tremer. Senti uma enorme sombra vindo em nossa direção e me virei para ver quem era...
-ESTUPEFAÇA!
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