Trechos do diário de Phoebe Damulakis:
Penso que terei muito trabalho até finalizar tudo, então pedi ajuda à Leda. Minha única pessoa de confiança. Enquanto ela não responde, melhor começar a juntar todo o material...
É claro que eu aceito te ajudar no que for preciso para que finalize logo este livro. Já terminei meus trabalhos aqui na Áustria e dentro de três dias, estarei retornando à Grécia. Não comece sem mim!
- É. Ele percebeu finalmente que o livro é mesmo da nossa família, afinal, tem a assinatura de Leda na carta não é? Além do mais, fizemos um trato: não o denunciaríamos pelo roubo se ele nos devolvesse o livro.
- Tivemos muita sorte também. Ele estava só esperando alterar nossas memórias para mandá-lo para a avó dele. – Bel terminou exausta e novamente a sala caiu em silêncio. Vários minutos se passaram.
- Vocês estão certas de que querem fazer isso? – Rebecca perguntou nos encarando longamente. Eu e Bel nos entreolhamos decididas.
- Estamos.
- É o melhor a se fazer. – respondemos depressa e ela balançou os ombros.
- Bom, então não há mais nada a dizer. Desde o dia que vocês nasceram que o livro não é meu mais. É de vocês. Façam dele o que preferirem.
- Prontos.
- ‘Incendio’
- Acabou... – Ulisses repetiu lentamente.
- O que você vai fazer agora? Sua avó o expulsou de casa, não é?
- Sim. Mas não me importo com isso. Ela acha que os trai, mas quem sabe um dia não volta atrás? Vou terminar meus estudos aqui na Grécia, com meus amigos. E depois, vou fazer o que sempre quis: trabalhar no Gringotes e viajar o mundo. Tenho como sobreviver. Meus pais me deixaram uma boa herança... – ele abriu um sorriso discreto. As irmãs retribuíram. – De qualquer maneira, foi um prazer conhecer vocês! Espero que desculpem tudo o que fiz.
- O que foi mesmo que você fez? – Isa perguntou divertindo-se. Ele riu.
- Minha avó se enganava quando me disse que não teria trabalho com você. E eu fui um tolo de acreditar nela. Mas... águas passadas. E quanto a você, Anabel, se um dia perceber que não gosta mais do seu namorado, me procure. Estarei à disposição. – ele disse galanteador e Bel fechou a cara.
- Já aprendeu a falar meu nome. Ponto positivo. Mas não se preocupe, isso não vai acontecer. Eu amo o Bernard, só preciso falar isso pra ele... – ela disse a última frase mais como um pensamento alto.
- Ele precisa saber a sorte que tem.
- Ele sabe! – Isabel falou sorrindo vitoriosa. - Adeus, Ulisses.
- Adeus.
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