Monday, January 07, 2008

Algumas memórias de Rory Montpellier

Escola texana de magia, antes das férias de final de ano.

Eu já havia conseguido as notas para fechamento da média do semestre, mas como eu precisaria de notas extras, por causa do nascimento do meu bebê, os professores têm mandado que eu faça provas a mais e uma destas seria a que Brian iria fazer para ver se conseguia se manter no time de basquete ou não. Terminei a prova de poções e entreguei ao professor Suarez. Sai da sala e olhei para Brian, e ele que estava concentrado, escrevendo tudo o que sabia no pergaminho. Senti fome, aliás fome era o meu segundo nome nos últimos tempos, e fui para o restaurante. Ainda teria tempo de estudar um pouco antes de fazer a prova de transfiguração e depois de tomar um milkshake duplo de morango com calda de chocolate e nozes picadas, comecei a rever minha matéria de prova. O restaurante estava movimentado, e viam-se várias pessoas que não faziam parte da escola circulando por ali. Isso acontecia porque estava tendo um jogo de quadribol entre o Texas Bull, time de quadribol da escola contra o Californian Coyotes pelo campeonato estudantil. Como eu ainda teria várias provas no dia, não poderia estar cobrindo o jogo, então Jaeda como capitã das cheerleaders estaria lá animando a torcida, e faria a matéria para o Rangers, já Lucien estava acompanhando o time de futebol da escola, que estava jogando em Montana, e Angelique havia ido com ele para torcer. Não sei quanto tempo fiquei ali, e de repente senti meu bebê chutar, já estava com quase 7 meses e isso era freqüente nos últimas semanas, e acariciei minha barriga para acalma-lo, isso sempre funcionava. Senti-me observada, quando levantei a cabeça para procurar quem me olhava, vi Brian vir na minha direção como uma bala, sorrindo de orelha a orelha e ele mal sentou, me agarrou e me deu um beijo demorado.
Quando acabou, fiquei olhando-o de olhos arregalados e perguntei:
- O que foi isso?- Estou feliz! Consegui as notas para me manter no time.
- Er... Parabéns... - e ele ficou me encarando.
- Você não gostou não é?- perguntou me soltando.
- Não é isso, é que foi inesperado. – respondi sem jeito.
- Gosto de você Rory. E quando consegui as notas, fiquei feliz e quis demonstrar isso.
- Brian, eu estou grávida. - disse como se isso encerrasse a questão.
- Eu sei que está grávida, não sou cego. Gostei de você, mesmo antes de saber que você estava grávida, pode ter sido aquela coisa de amor a primeira vista sabe? Ou no nosso caso no primeiro esbarrão. – rimos mas eu voltei a ficar séria.
- Brian, não quero me envolver com ninguém no momento, e...
- E você ainda gosta do pai do seu bebê, e espera que um dia vocês fiquem juntos, já saquei.
- Sei que sou uma boba, e não acho que ficaremos juntos, mas quero me dedicar ao meu filho por um tempo, antes de pensar em estar com outra pessoa entende? Não quero ficar com alguém, apenas por ficar, não sou assim.
- Certo, e não esperava menos de você... Continuamos amigos, certo?
- Sim, mas agora me conta como foi com o professor Suarez. - e ficamos conversando ali por um tempo, e vez ou outra ou olhava para a janela como se esperasse ver alguém parado a me observar. Devem ser os meus hormônios.

o-o-o-o-o-o-

- Feliz Natal! Ho, Ho, Ho.
Falava o pai de Jaeda fantasiado de papai noel, enquanto saía da lareira e várias crianças, da família corriam até ele, que ia retirando presentes e entregando a elas. Eu e meus irmãos havíamos sido convidados a passar o feriado de final de ano na casa de Jaeda e as festas seriam totalmente trouxas com direito a brincadeira de amigo oculto, com tias trazendo enormes travessas de comida e os tios brindando a tudo que se movia, contando piadas ou mesmo fatos engraçados ocorridos em outros tempos, mas que faziam rir. Tudo era tão calmo e alegre, mas vez ou outra eu me pegava pensando em minha mãe. Onde ela estaria e se ainda tinha planos de vingança contra a família do Ty. Eu desejava que com a queda de Voldemort, ela tenha percebido que aquela vida de comensal estava terminada e de alguma forma ela mudasse. Pena que nem tudo é como a gente quer.

Primeiro dia do ano de 1999.

Estávamos tomando café e eu ria da cara de ressaca de Brian, quando uma coruja castanha bateu na janela da cozinha. Jaeda pegou a ave e a colocou para comer ceral enquanto via para quem era o pergaminho:
- Rory é para você, do seu pai. - disse me estendendo a carta.

“Querida Rory
Espero que você, Lucien e Angelique tenham tido um ótimo Natal e um ano novo feliz. Aqui eu passei bem em companhia de alguns amigos, mas meus pensamentos estavam com vocês e com meu neto que está para chegar... ” - algumas palavras mais até que ele escreveu:
‘Sua mãe apareceu por aqui... Estava mais magra, suja e abatida e após pegar tudo o que podia ser vendido e fácil de carregar perguntou sobre vocês. Eu contei que mudaram de escola, e que estavam bem. Ela disse muitas coisas horríveis sobre os McGregors e ela ainda quer vingança contra eles, portanto tomem cuidado. Ela está mais estranha do que antes, pois quando falei do nosso divórcio, ela apenas riu e disse que nunca se considerou casada comigo e que não apareceria mais. Confesso que me senti um pouco decepcionado, mas eu nunca a conheci realmente não é?
Depois que ela saiu, esperei a presença dos aurores em nossa casa, mas eles não vieram. Acho que relaxaram a segurança e a captura dela não deve mais ser prioridade, agora que você sabe quem caiu. Acho que vou escrever para o auror Menken e avisar sobre o aparecimento de sua mãe, embora me sinta um dedo duro, terei de faze-lo, pois eu me sentiria péssimo se mais tragédias ocorrerem por culpa dela.
Estou com saudades de vocês e quando chegar a hora, estarei do seu lado. Mande meu amor para Lucien e Angelique e tenha certeza de que vocês são muito amados por mim e merecem tudo de bom nesta vida.
Abraços e beijos do papai”

Após ler a carta de papai, ficamos um tempo absorvendo tudo e não demorou muito para Brian e Jaeda tentarem nos animar. Logo estávamos rindo e fazendo planos para a nossa volta às aulas. Eu vou procurar ser feliz o máximo de tempo que puder, antes que minha mãe apareça novamente. Era um novo ano e tudo seria melhor, eu sentia isso ao alisar minha barriga e sentir meu menino se mexer animado.

Someday I'll be happy
will someone tell me when will that be?
Somewhere I lost track of what's right
and now I'm stuck on the sidelines
What doesn't kill you makes you stronger
not gonna take it any longer
It's time to take back control of my life


N.A.Happy someday, Plain White T’s

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