Friday, November 25, 2005
Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia!
Nossa, o tempo ta voando! Já faz quase um mês que os meninos e eu assustamos a escola inteira vestido como comensais da morte, levamos o sermão e a detenção do século e que meu pai me escreveu, digamos que de uma maneira não muito delicada e nada sutil...
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Sala de Legilimência, 14hs.
Estava tentando proteger minha mente de Marie desesperadamente, a ultima coisa que queria era que ela lesse meus pensamentos, quando uma coruja parda entra voando na sala. O professor Couchot logo urrou, dizendo que estava atrapalhando sua aula. A coruja, ignorando as tentativas do professor de lhe acertarem, pousou em minha frente, largando um envelope vermelho no chão. Antes que eu pudesse reconhecer, ele explodiu e a voz do meu pai, 5 vezes mais alta, ecoava pela sala:
VERGONHA! É TUDO QUE POSSO DIZER SOBRE O QUE TENHO PASSADO POR CAUSA DO SEU COMPORTAMENTO NA ESCOLA! COMO O FILHO DE DOIS AURORES TEM A CAPACIDADE DE PARTICIPAR DE ALGO TAO ESTUPIDO? VOCE TEM ALGUMA NOÇAO DO PERIGO QUE TODOS ESTAMOS PASSANDO DESDE A VOLTA DE VOCE-SABE-QUEM? ACHO QUE VOCE NEM DESCONFIA, VIVE NO SEU MUNDO E NÃO SE IMPORTA COM OS DEMAIS A SUA VOLTA. FIQUE AQUI O MEU AVISO: SE RECEBER MAIS UMA CORUJA DE OLIMPIA MAXIME SOBRE SEU PESSIMO COMPORTAMENTO, MANDO BUSCÁ-LO IMEDIATEMENTO E IRÁ PASSAR O RESTO DO ANO TRANCADO EM CASA, SE PREPARANDO PARA TERMINAR OS ESTUDES EM UMA ESCOLA TROUXA!
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Discreto esse meu pai não? Para completar, o mala do professor deu um sermão para a turma sobre alunos como nós, que não ligam para os perigos reais fora da escola. Ele nunca ameaçou me tirar da escola, portanto estou quieto, não quero correr o risco de me formar como trouxa e afundar meus planos de me tornar medibruxo. Mas tenho que confessar que já estou entediado, preciso fazer alguma coisa antes que enlouqueça. Os meninos tem constantemente me perguntado se estou doente ou se estou calmo porque tenho algo diabólico em mente...
DC: Luke, você ta muito parado!
BL: Condordo com o Nique, o que ta acontecendo?
IL: Nada, só não quero que meu pai me tire da escola.
DC: Você não é o Ian, o que fez com ele? Devolve meu amigo! – Dominique falou enquanto me sacudia.
IL: Para com isso!
ML: Deixem-no em paz vocês dois! Vou indo pra biblioteca, até a hora do jantar.
Marie se levantou e saiu do gramado carregando uma pilha de livros. Fiquei observando ela caminhar e Bernard estalou os dedos na minha cara, me tirando do transe.
BL: Tenta ser mais sutil... – ele disse baixo para Dominique não ouvir e saiu atrás de Marie.
DC: Luke, luke... Você vai ou não contar quem é essa menina que ta mexendo com você? Porque você pode achar que eu sou insensível, mas percebi que você anda disperso demais!
IL: Não vou dizer quem é, porque conheço você, você vai me constranger na frente dela.
DC: Você não confia em mim?
IL: Não.
DC: ta certo, ta certo, eu realmente diria algo inapropriado. Mas da uma dica, eu já namorei ela? Porque ai posso te ajudar...
IL: Não, por incrível que pareça, essa você ainda não namorou.
DC: Não? O que tem de errado com ela?
IL: Para Dominique, nem pense nisso!
DC: Já parei. Mas deixa eu te dar uns conselhos, você é meio tapado pra essas coisas...
IL: Nossa, obrigado pela parte que me toca!
DC: Imagina... O que você precisa fazer é o seguinte: chega abordando ela no corredor, encosta ela na parede e mostra quem manda! Sai beijando logo!
IL: Nossa, jogar ela na parede? Isso é conselho? Vai sugerir o que depois? Espancamento?
DC: Sabe, às vezes ajuda se você...
IL: Não termina a frase, por favor!
DC: Mas você entendeu o espírito da coisa, não?
IL: Isso funciona?
DC: Claro! Garotas gostam de garotos assim.
O conselho de Dominique não me pareceu muito apropriado, ela não parece ser esse tipo de garota que ele diz gostar dessas coisas, mas não tenho outra idéia, vou tentar seguir o que ele falou. Ta me faltando a coragem agora! Saímos dos jardins e fomos encontrar os outros dois na biblioteca. Só precisava estar sozinho com ela agora...
Thursday, November 24, 2005
Quem anda falando de mim na Medina??
Tédio, tédio, tédio. Nada acontece nesse castelo há um mês!!
A garota havia cumprido sua 12ª detenção desde que chegara em Beauxbatons. A maioria dos professores parecia não ter nenhum senso de humor. Andavam pra cima e pra baixo sérios, eretos, equilibrando-se nos saltos finos e sacudindo os ombros de maneira que as echarpes balançassem pra lá e pra cá. Havia um grupo de garotos insuportavelmente metidos a donos do pedaço, e que estavam na mira de Adhara a um certo tempo. O plano já estava arquitetado, ela apenas esperava a melhor oportunidade para executa-lo.
Quando a coruja piou pela quinta vez e encarou a garota, zangada, Adhara percebeu que havia uma ave no parapeito da janela, cutucando-a com o bico e tremendo de frio. Como Anabel estava realmente compenetrada em sua leitura, Adhara foi até a janela e pegou o pergaminho atado à pata dela.
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Adhara
Soube que você, mais uma vez, andou tendo atitudes indevidas na escola. Caso você não se lembre, eu tenho contato com madame Maxime, e me deixa muito desgostoso saber que você ainda não resolveu criar juízo. Está me deixando em situações delicadas, mocinha. As pessoas fazem perguntas, comentam, e um auror de confiança como eu acaba sendo recebendo pronomes nada estimulantes relacionados às suas infantilidades. Estarei na França na próxima semana, quero te ver. Não arranje encrencas.Prometa que vai se comportar, pelo menos por esta semana.
Apesar de tudo, sinto falta do seu gênio explosivo por perto. Em breve nos veremos.
Quim Shacklebolt.
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Hunf!! Quer dizer que a minha falta do que fazer atrapalha o trabalho do gigante, é? Antigamente ele não se importava com o que os outros diziam... Mas.... quem será que anda fazendo fofoca pros outros aurores?Madame Maxime não faria isso. Por mais que ela desaprove, tem a reputação da escola a zelar e o segredo da Ordem a guardar.
Aaah, se eu descubro quem é!!
Adhara puxou a capa de dentro do armário, pegou avarinha caída ao lado da gaiola de sua coruja e saiu porta afora. Apenas alguns minutos depois Anabel percebeu que sua colega de quarto estava perambulando pelo castelo de madrugada.
Mais uma detenção... pensou a garota, voltando seus olhos para o livro.
Thursday, November 03, 2005
Pai, doce pai...
Da caderneta arrebentada de Samuel Berbenott
Ontem, por volta das onze da noite, lá estávamos, no banheiro masculino do terceiro andar. Após alguns ajustes de capas, e sussurros pra nos lembrarmos do feitiço, decidimos que era a hora da festa realmente começar... Ao invés de nós sairmos, saíram do banheiro, quatro figuras encapuzadas pretas com todo o corpo tampado. Marie que se postava plantada no corredor, levou um susto momentâneo e depois novamente começou um monólogo sobre as nossas brincadeiras idiotas... Saímos pelo castelo petrificando os alunos que cruzavam nossos caminhos, que caíam com as bocas abertas e os olhos arregalados realmente acreditando que éramos Comensais da Morte... Estava indo muito bem até que tivemos a infeliz idéia de nos unirmos ao restante dos estudantes que como todos os anos estavam reunidos nos jardins festejando. Quando aparecemos, o impacto foi imediato... Pânico brotava do chão, e todos apavorados corriam... Ainda tentamos apostar quem conseguia petrificar mais, quando recebemos jatos no peito e caímos estuporados no chão.
O que aconteceu foi que fomos estuporados por Madame Máxime e alguns outros professores e levados direto para o purgatório. Após recebermos uma verdadeira punição severa da nossa cara juíza (uma semana de detenção com direito à carta para os pais), ainda achamos motivos pra comemorar e fomos aproveitar o que a festa, ou o que tinha sobrado dela, nos proporcionava!
Seguimos a filosofia: Se vamos ser mortos, então que morramos felizes... Eu estava realmente preocupado com a reação do meu pai quando ele recebesse a coruja, mas não tardou muito para eu descobrir qual seria. A minha impressão foi que mal tinha deitado e alguém me balançava furiosamente ao pé da cama. Acordei assustado e a fisionomia do meu pai foi se tornando nítida... Preferia acreditar que estava tendo um pesadelo, mas infelizmente, meu subconsciente me preparara pro pior!
IS: Levanta Samuel! A gente precisa conversar agora...
SB: Tão cedo aqui pai? Sentiu minha falta é? O que foi que aconteceu? Madame Máxime mandou as notas da prova de etiqueta? Ah pai, num vai começar de novo né? Sabe muito bem que detesto essa matéria e...
IS: Levanta, e vem comigo!
Tentando pensar em métodos novos de desaparatação sem saber desaparatar levantei e me troquei. Provavelmente, Patrick já estava na beira do lago conversando com a professora de sereiano... Isso havia virado um hábito todas as manhãs. Quando deixamos o dormitório, ele me conduzia à frente até chegarmos a uma sala que se encontrava vazia, no quinto andar. Ele sentou atrás da mesa que estava no centro, e eu sentei na cadeira em sua frente, encarando meus pés.
IS: Porque fizeram essa brincadeira sem nexo ontem? Porque acharam que isso era divertido?
SB: Não achei... Ainda acho! O senhor tinha que ver a cara de terror dos primeiranistas! Isso valeu todo o meu ano! Fizemos essa brincadeira só pra quebrar a rotina da festa, oras... O senhor não sabe o quão patética é a festa daqui...
IS: Você realmente acha divertido quase matar alguém de susto? Achou divertido brincar com quem é menor que você? A festa foi feita para ser aproveitada por quem quer... Quem a acha rotineira, então que quebre a rotina dela no seu dormitório, sonhando...
SB: Mas...
IS: Você sabe o que essa brincadeira idiota de vocês causou? Sabe? Sabe o tanto de cartas que recebi esta manhã me pedindo esclarecimentos e argumentos, e o tanto que foi difícil convencer as pessoas que os Comensais eram meninos que não cresceram, querendo diversão? Sim, convencer as pessoas não é fácil sabia? Elas sempre acham que estamos mentindo para abafar o caso...
SB: Pai, você não acha que está exagerando também não? Já peguei uma semana de detenção com a Máxime se isso o deixa satisfeito... Foi só uma brincadeira que foi levada pelo lado errado... Nós não pensamos que chegaria a esse ponto! Olha me desculpa se não sou o exemplo de filho certinho que você sempre quis, mas eu acho que vocês estão fazendo um tornado em borras de chá.
IS: Eu pensei que você se preocupasse com a minha carreira no Ministério...
SB: Pai, eu me preocupo com você! Com a sua carreira, você que se preocupe... Antes de começar a me julgar como inconseqüente lembre-se que eu sou um aluno como qualquer outro daqui, e é assim que quero ser classificado... Não quero ser chamado de o filho do Ministro, e muito menos quero receber sermão especial por ter ferido a honra do Ministro. Se eu não estivesse envolvido na brincadeira, você receberia as mesmas cartas, mas, no entanto, parece que agora, a culpa delas ter chegado até você é minha... Pai será que dá pra me dar um sermão como o pai dos outros vão dar? Não quero receber um sermão do Ministro da Magia porque eu não mereço Azkaban, ainda, pelo o que fiz!
IS: Ta, desculpa... É que eu me preocupei se você ficaria bem quando soube de Comensais aqui, e então, quando fiquei sabendo que você estava por trás, não me controlei...
SB: Tudo bem pai... Estávamos errados mesmo, e a brincadeira passou de todos os limites... Me desculpa também! Vai querer me deixar uma semana sem a minha vassoura?
IS: Não será necessário... O castigo de Máxime me representa... Terei que voltar ao Ministério, Samuel! Juízo... Vê se num me arruma mais uma detenção...
SB: Tchau Hitler... Digo, Tchau pai!
E ele se foi... Num adianta falar isso pra ele, porque a próxima que eu aprontar vai ser a mesma coisa de sempre, mas pelo menos nos entendemos e isso que vale por enquanto... Quero deixar bem claro, caderneta, que não relatei tudo isso aqui porque peguei a péssima mania das meninas de se abrirem aos seus diários. Só relatei pra deixar isso gravado pra eternidade também, afinal, quando tiver meu filho, quero ensiná-lo como pregar uma boa peça em alguém, como sair da rotina nas festas escolares, e como se livrar do pai chato e conservador depois de tudo...
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Após conversas e discussões, as vagas para este blog estão abertas... Inscrições devem conter o perfil, uma fic teste, e se não for pedir muito uma doll de como você imagina que seja o seu personagem... Envie para:
Tuesday, November 01, 2005
Conseqüências...
-Enervate!
Acordei num lugar diferente do que estava quando fui atingido pelo feitiço estuporante. Estava preso a uma cadeira por cordas. Olhei para meus amigos e eles também tinham cordas os amarrando. Corri os olhos pela sala e a reconheci de imediato como sendo o escritório da diretora Olímpia Maxime. O som forte de uma mão batendo na madeira ecoou na sala e virei assustado para frente. A enorme mão que fez o barulho era a de madame Maxime, que estava parada ao lado da mesa e nos olhava furiosa. Não me recordo de ter visto ela tão irritada desse jeito, nem da vez que derretemos as esculturas de gelo da decoração de natal e alagamos o grande salão.
OM: Irresponsáveis! Inacreditável! Inaceitável!
DC: Irreverente?
IL: Irônico?
SS: Inesperado?
OM: CALADOS!
BL: Calado não é com I... – Bernard arriscou, mas se encolheu quando a diretora o fuzilou com os olhos.
OM: Vocês estão desacordados há meia hora... E há meia hora eu tento descobrir o que vocês têm dentro das cabeças no lugar do cérebro, para serem capazes de bolar algo tão imbecil!
IL: Não foi tão ruim assim...
OM: Não lhes dei permissão para falar! Será que algum de vocês tem noção do que essa brincadeirinha divertida representou? Aqueles alunos em pânico lá fora acham que quatro comensais da morte invadiram a escola e agora acham que alunos de Beauxbatons são realmente seguidores de você-sabe-quem!
DC: Mas nós não somos, foi só uma brincadeira!
Desatamos a protestar contra o fato de estarem nos acusando de sermos seguidores do você-sabe-quem. A diretora ficou apenas ouvindo e quando terminamos, ela recomeçou o sermão.
OM: Acabaram? Pois deviam ter pensado nas conseqüências antes de sair por ai mascarados e petrificando os colegas! Admira-me você, monsieur Lafayette, filho de dois grandes aurores! E o senhor também, monsieur Stardust... O que dirá o Ministro quando souber que o filho dele estava envolvido nessa brincadeira de extremo mau gosto?
Maxime andava pela sala de um lado para o outro, sentando-se a sua mesa um tempo depois e começando a escrever em quatro pedaços de pergaminhos. Ninguém se atreveu a falar durante esse tempo, o único som que se ouvia na sala era o da pena riscando os pergaminhos. Quando terminou, ela se levantou e depois de arrumar os rolinhos nas patas de quatro corujas, olhou para nós.
OM: Detenção. Uma semana começando amanha. Estejam os quatro aqui às 17hs em ponto. Estão dispensados.
Com um aceno da varinha as cordas que nos prendiam sumiram e saímos apressados da sala sem olhar para trás.
BL: Acho que dessa vez fomos longe demais.
SS: Merlin, não quero nem saber o que vai me acontecer quando meu pai receber aquela coruja!
IL: Nem eu... Melhor aproveitarmos nossos últimos momentos vivos, o que acham?
DC: Excelente idéia! Acho que ainda sobrou cerveja amanteigada no jardim...